Gavião Bueno sempre foi muito falador. Não fechava a matraca, desde seu nascimento. No berçário chorava sem parar e foi preciso ser isolado para deixar os outros bebês chorarem pois corriam o risco de ficarem mudos o resto da vida.
Seus irmãos menores só aprenderam a falar quando foram para colégio pois em casa só quem falava era o Gaviãozinho.
O menino cresceu, falando o tempo todo um monte de abobrinhas e ninguém mais aguentava ouvi-lo. Mas Bueno era incorrigível. Seus parentes diziam sempre que quando Gavião crescesse seria locutor de corridas de cavalo, mas não foi o que aconteceu.
Gavião Bueno, apaixonado por todos os esportes, menos por corridas de cavalos, foi ser narrador profissional de futebol, volei, corrida de automóvel, basquete, futebol americano, futebol de areia e rinha de galo.
E deu no que deu. O papagaio falador falou tanto, durante a transmissão do amistoso entre a seleção brasileira e a da África do Sul que não conseguiu narrar o primeiro gol brasileiro. Não deu tempo...
O problema é o seguinte. Quando Gavião Bueno começa falar e isso acontece todos os dias, desde o momento que acorda até à noite quando dorme, ele não consegue parar. Primeiro é preciso concluir suas abobrinhas que nunca terminam.
Porisso a gafe ocorrida ontem. Cala a boca, Gavião!!!
sexta-feira, 7 de março de 2014
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