terça-feira, 24 de setembro de 2019

JOGA PEDRA NA GENY

O presidente Jair Messias Bolsonaro levou a tiracolo, para a ONU, uma indígena que fora convencida a ajuda-lo em sua imagem arranhada por perseguição bolsonarista aos seus irmãos da floresta amazônica. Ridícula opção!... A pobre moça, usada para servir aos propósitos políticos do presidente da República, pode ser comparada à Geny, personagem da música do Chico Buarque de Holanda. De volta ao Brasil, Bolsonaro poderá jogar, sem um mínimo de remorso, as pedras destinadas à ela que gosta de apanhar. Ou não? A reação das diversas lideranças indígenas não se vez por esperar. E não seria diferente. Até uma duvidosa declaração da união indígena (não sei exatamente qual sua denominação) foi rechaçada. Bolsonaro procurou, inclusive, ridicularizar o líder máximo do povo da floresta amazônica, o cacique Raoni. Seria cômico se não fosse trágico. Atirando com sua metralhadora da marca Talkey, para todos os lados, não deixando nenhum de seus desafetos ou imaginados desafetos, sem mandar bala. Bolsonaro não poupou nem mesmo a própria ONU. Em entrevista após seu desastroso discurso, Jair Bolsonaro declarou que seu discurso na ONU fora preparado com uma semana de antecedência e que havia, antes, consultado o seu líder maior Donald Trump, sobre o que ele, presidente das terras de Pindorama, deveria falar na ONU. Isso explica como os dois fizeram seus pronunciamentos tão afinadinhos. Mais parecendo um papel carbono.

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