sábado, 16 de janeiro de 2010

ZILDA ARNS

O Brasil perdeu uma de suas mais ilustres filhas. Do Brasil, filha, do mundo, uma mãe sem fronteiras. Zilda Arns, doutora Zilda, como nós a chamávamos, era só amor e dedicação ao próximo, especialmente às crianças. Sua Pastoral do Menor cuida de milhões de pequenos carentes socorrendo-os e preparando-os para a vida e um futuro mais ameno. Comparar seu trabalho com as diversas obras de caridade existentes, ONGS e outras iniciativas do gênero, não é nada fácil devido ao gigantismo dessa Pastoral.
Zilda Arns foi prestar contas de sua vida ao Pai Celestial. Tenho convicção de que os céus se abriram para recebê-la com uma grande festa onde os anjos, cantando belos hinos, a receberam e acariciaram. Zilda Arns foi uma mulher feliz por saber dar. Como bem disse D. Élder Câmara: "Ninguém é tão pobre que não possa dar nem tão rico que não possa receber". Doutora Zilda doou-se em plenitude. E morreu fazendo o que mais gostava de fazer com seu amor desmedido. Existe felicidade maior?



A DESTRUIÇÃO DO HAITI
O catastrófico teremoto que abateu sobre o Haiti chocou o mundo. O noticiário relata que 70% de sua capital, Porto Principe, foi destruido. O que não é dito, contudo, é que o Haiti nunca existiu! As desgraças fazem parte de sua história - desgraçadamente - de seu dia-a-dia. Uma nação de negros que se libertaram da escravidão, poucos anos após os negros americanos, lá pelos idos do século XVIII e, desde então, vive sob o jugo maldito de nações poderosos que sugam o Haiti e seu sofrido povo até à exaustão.
Primeiro a Espanha que, posteriormente, negociou o Haiti com a França. Sempre subjugada, essa pobre nação depois foi e ainda é dominada pelos Estados Unidos da América do Norte, sendo-lhe permitido apenas plantar cana-de-açúcar e vende-la aos americanos. esgotado seu solo com o cultivo da cana, a miséria tornou-se gigantescamente maior pois os poderosos que a exploravam e exploram até hoje, nada fizeram em seu socorro, entregando-os à própria sorte. Colocado no trono pelo governo americano, o facínora Papa Doc chacinava seu povo usando, inclusive, o vudu para apavorá-los e domina-los.Com sua morte veio sei filho Baby Doc, sempre com o patrocínio de Tio Sam. Aliás, o governo americano impunha as mesmas restrições ao povo cubano até sua libertação pelas mãos de Fidel Castro. Aristides Bertand, seu último governante, esperança dos haitianos, foi defenestrado do poder pelo governo americano agora, em 2.004, que dissolveu seu exército cujas tropas se dividiram em diversas quadrilhas, invadiram os morros haitianos e de lá comandam seus crimes (parecido com nossos traficantes de drogas nas favelas). Tropas do exército brasileiro estão lá para combate-los e estão conseguindo desarticulá-los.
Os Estados Unidos suga bastante o Haiti como também em priscas eras a Europa o fez. Positivamente, o Brasil liberou 10 milhões e meio de dólares para socorrer o Haiti, e a Alemanha só liberou 1 milhão. A modelo brasileira Gisele Bündchen deu muito mais! Inúmeros artistas internacionais também estão enviando seus cheques. A Alemanha deu tão pouco por ser bem pobre. Muito pobre, apenas é o país maior exportador do mundo, só perdendo -agora, este ano - para a China.
Face ao exposto, é fácil verificar que os haitianos, cujo salário médio é de 2 dólares por dia, nunca conseguiram usufruir um só dia de mar-de-rosas...

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